quinta-feira, 28 de abril de 2016

A boa educação é a base para uma nação evoluída e justa. Isso quer dizer que, se as pessoas têm oportunidade de acesso a uma educação de qualidade, aumentam as chances de elas terem uma vida digna e de exercerem a cidadania de forma plena, colocando em prática tanto seus direitos como suas obrigações. A educação é um direito fundamental de todos os brasileiros e um dever do Estado. É o que está escrito na Constituição (a Lei Maior do nosso país). Além disso, a educação abre portas para outros direitos, como saúde, trabalho e lazer. Portanto, o tema educação engloba toda a sociedade brasileira, em todas as idades (crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos), nos mais variados níveis de ensino (educação infantil, educação básica, educação de jovens e adultos, educação universitária), em todas as classes econômicas e em todos os estados brasileiros. Educação na prática: o papel da família e da escola O processo de educação começa com a família: os pais ensinam aos filhos o que julgam ser certo e como devem se comportar. Isso acontece principalmente com o exemplo que dão no dia a dia, por meio de sua forma de agir dentro de casa e de se relacionar com o mundo de forma geral. Mas a estrutura familiar é proporcionada por quem cria e convive com a criança ou adolescente, e não necessariamente pelos pais biológicos. O fundamental é a criança se sentir amada e ter referências e ensinamentos que a ajudem a "ler o mundo" e a se comportar dentro e fora de casa. A figura da família é complementada pela escola, que, além de ensinar a vida em sociedade, habilita o jovem para escolher um ofício e ser economicamente produtivo. Também é importante escolher uma área de atuação e se especializar, pois as novas tecnologias e conhecimentos exigem uma formação cada vez maior dos candidatos aos novos empregos. Os problemas da educação no Brasil Boa parte da população não tem acesso ao Ensino Fundamental. Erradicar o analfabetismo é uma meta que o Brasil ainda não alcançou. Por outro lado, nas últimas décadas, houve redução do analfabetismo e elevação do nível de instrução da população. Alguns dos principais problemas que a educação enfrenta no Brasil são: os prejuízos relacionados com desvio e má aplicação do dinheiro público; a ineficiente fiscalização dos órgãos responsáveis, tanto da aplicação dos recursos públicos, quanto no cumprimento das normas e diretrizes ditadas pelo MEC para o funcionamento das instituições de ensino superior.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

22 DE ABRIL DIA DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL E DIA DO PLANETA
O Dia da Terra foi criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970, cuja finalidade é criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra. História A primeira manifestação teve lugar em 22 de abril de 1970. Foi iniciada pelo senador Gaylord Nelson, ativista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o governo dos Estados Unidos criou a Agencia de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente. Em 1972 se celebrou a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar aos líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para erradicá-los. O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulada por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas. O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis. No Dia da Terra todos estamos convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta. tanto a nível global como regional e local. "A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser..." Surgiu como um movimento universitário, o Dia da Terra se converteu em um importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas o utilizam como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra. Este dia não era reconhecido pela ONU até 2009, quando a mesma reconheceu a importância da data e instituiu o Dia Internacional da Mãe Terra, celebrado em 22 de abril.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

21 DE ABRIL DIA DE TIRADENTES FERIADO NACIONAL DIA DE ANIVERSÁRIO DA FUNDAÇÃO DE BRASÍLIA TIRADENTES A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta abortada pelo governo em 1789, em pleno ciclo do ouro, na então capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português. Foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão do governo português no período colonial. No final do século XVIII, o Brasil ainda era colônia de Portugal e sofria com os abusos políticos e com a cobrança de altas taxas e impostos. Além disso, a metrópole havia decretado uma série de leis que prejudicavam o desenvolvimento industrial e comercial do Brasil. No ano de 1785, por exemplo, Portugal decretou uma lei que proibia o funcionamento de indústrias fabris em território brasileiro. Causas Neste período, era grande a extração de ouro, principalmente na região de Minas Gerais. Os brasileiros que encontravam ouro deviam pagar o quinto, ou seja, vinte por cento de todo ouro encontrado acabava nos cofres portugueses. Aqueles que eram pegos com ouro “ilegal” (sem ter pagado o imposto”) sofria duras penas, podendo até ser degredado (enviado a força para o território africano). Com a grande exploração, o ouro começou a diminuir nas minas. Mesmo assim as autoridades portuguesas não diminuíam as cobranças. Nesta época, Portugal criou a Derrama. Esta funcionava da seguinte forma: cada região de exploração de ouro deveria pagar 100 arrobas de ouro (1500 quilos) por ano para a metrópole. Quando a região não conseguia cumprir estas exigências, soldados da coroa entravam nas casas das famílias para retirarem os pertences até completar o valor devido. Todas estas atitudes foram provocando uma insatisfação muito grande no povo e, principalmente, nos fazendeiros rurais e donos de minas que queriam pagar menos impostos e ter mais participação na vida política do país. Alguns membros da elite brasileira (intelectuais, fazendeiros, militares e donos de minas), influenciados pela idéias de liberdade que vinham do iluminismo europeu, começaram a se reunir para buscar uma solução definitiva para o problema: a conquista da independência do Brasil.

terça-feira, 19 de abril de 2016

No dia 19 de abril, comemora-se o Dia do Índio no Brasil, data instituída em 2 de junho de 1943, durante o governo Getúlio Vargas. A definição da data foi uma consequência da realização do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México, em 19401. Durante o evento, que contou com a participação de diversas autoridades indigenistas, foi proposto aos países da América que se criasse um dia para celebrar esse povo e fazer da causa indígena um ponto de reflexão para toda sociedade.
Atualmente, estima-se a existência de mais de 200 povos indígenas no Brasil. Em sua grande maioria, pertencem a cinco grandes e diferentes complexos linguísticos culturais: Tupi, Jê, Aruak, Pano e Karibe. As terras ocupadas pelos índios correspondem a menos de 12% de todo o território brasileiro, essencialmente na região norte do país2. Estão concentrados principalmente na Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará)3.
O povo indígena afirma que sua cultura só é lembrada no dia 19 de abril, pois é nessa data que se afirma e apresenta ao mundo os antepassados históricos da cultura brasileira. Nessa ocasião, os índios são apresentados de forma estereotipada e genérica, com o arco e a flecha, o penacho e a oca. Essa foi e é a forma como são apresentados nos livros didáticos, como personalidades distantes da realidade atual do Brasil2.
Após a instituição da Constituição de 1988, os índios passaram a dispor de uma nova relação de forças com o Estado brasileiro, tendo o direito de manifestarem-se contra esse seu antigo tutor. Assim, após a adoção da Constituição, o povo indígena passou a utilizar a data para protestar por seus direitos. No dia 19 de abril de 2000, numa manifestação histórica pelos 500 anos da chegada dos europeus ao país, os índios ocuparam a bancada da Câmara dos Deputados e do Senado, em Brasília, para protestar contra a falta de compromisso do poder público com os direitos indígenas2.
Além de ser um grande tema de discussão política e social, a cultura indígena é celebrada por diversos meios culturais. O Museu do Índio, no Rio de Janeiro, possui um acervo e uma programação dedicados exclusivamente ao tema. Além disso, diversos filmes foram lançados para abordar o universo indígena, como Índia- A Filha do Sol, Caramuru – A Invenção do Brasil, O Guarani, Hans Staden, Iracema – A Virgem dos Lábios de Mel, Tainá, O Descobrimento do Brasil, entre outros. Na música, “Curumim Chama Cunhatã que eu Vou Contar (Todo Dia era Dia de Índio), do cantor Jorge Ben Jor, é uma das canções mais conhecidas em homenagem ao povo indígena.
Referências
Consultar http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-5540-2-junho-1943-415603-publicacaooriginal-1-pe.html, visto em 19/04/2015. LADEIRA, Maria Elisa; NASCIMENTO, Luiz Augusto. 19 de abril (1943) – Dia do Índio. In: Dicionário de Datas da História do Brasil (BITTENCOURT, C. Org.). 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012. Dia do Índio nasceu em 1940 no Congresso Interamericano. Disponível em http://educacao.uol.com.br/datas-comemorativas/ult1688u2.jhtm, visto em 19/04/2015.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

18 DE ABRIL DIA DO LIVRO INFANTIL HOMENAGEM AO ESCRITOR MONTEIRO LOBATO O PROJETO DE LEITURA ARCA DE NOÉ HOMENAGEOU O ANIVERSARIANTE DO DIA MONTEIRO LOBATO. VIVEMOS UM MOMENTO CONTAGIANTE CHEIO DE ALEGRIA, DESCONTRAÇÃO COM MÚSICAS, POESIAS,
DE HISTÓRIA, JOGRAL E DOIS MUSICAIS COM VINÍCIUS DE MORAES.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

18 DE ABRIL DIA DO LIVRO. UMA HOMENAGEM A MONTEIRO LOBATO
Nascido na cidade de Taubaté, interior de São Paulo,em 18 de abril de 1882, José Bento Monteiro Lobato dedicou a maior parte de sua vida aos livros. Sendo considerado um dos maiores autores da literatura infantil, escreveu também livros didáticos no campo da Matemática, História, Ciências e Geografia, demonstrando que era possível aprender através da brincadeira. Filho de fazendeiros, muitas de suas obras fazem referência à vida no campo. O Sítio do Picapau Amarelo (1920) é considerado sua criação mais famosa. Nela, vários personagens se destacam como Tia Anastácia, com suas crenças e superstições; Tio Barnabé, com seus “causos” e estórias; Cuca, a jacaré fêmea, com seus encantos e magias; Emília, a boneca falante; Visconde de Sabugosa, uma espiga de milho que pensa e fala como gente grande; Pedrinho, inspirado em Lobato quando criança, repetindo suas aventuras e peripécias; além outros personagens encantadores. Com uma criatividade fora do comum, Monteiro Lobato escreveu também: “A menina do narizinho arrebitado” (1920), “Jeca Tatuzinho” (1924), “Caçadas de Pedrinho” (1933), “Emília no país da gramática” (1934), “Aritmética da Emília” (1935), “Geografia de Dona Benta”, “História das Invenções” (1935), “A reforma da natureza” (1941), ”Histórias diversas” (1947), dentre tantas outras. Além dos livros infantis, fábulas, contos e crônicas escreveu obras literárias com a temática voltada para adultos como: “Urupês” (1918), “O macaco que se fez homem” (1923), “O escândalo do petróleo e Ferro” (1936), “Zé Brasil” (1947), Mas infelizmente, Monteiro Lobato, só é lembrado pela maioria, como mais uma data comemorativa do nosso calendário. Toda sua intelectualidade e seu vasto acervo de inigualável valor são vistos por muitos, apenas como meras histórias. Esquece-se que por trás de muitas de suas obras, o autor tinha um objetivo definido: despertar nos leitores uma nova concepção do mundo, criando em cada um de nós, um olhar crítico diante da sociedade e não somente mais uma leitura automatizada. Monteiro Lobato faleceu em 4 de Julho de 1948. Em 8 de Janeiro de 2002, foi decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, a Lei 10.402/02 onde instituiu o Dia Nacional do Livro Infantil, a ser comemorado, anualmente, no dia 18 de abril, data natalícia do escritor.

terça-feira, 12 de abril de 2016

HISTÓRICO SOBRE O DIA DO HUMORISTA E OUTRAS DATAS COMEMORATIVAS SANCIONADAS PELA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF
O Brasil contará com novas datas comemorativas. Foram publicadas na edição do Diário Oficial da União cinco leis instituindo novas datas comemorativas. Agora, humoristas, pedagogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais terão um dia nacional oficial. Além disso, foram instituídos o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil e o Dia Nacional de Atenção à Dislexia. As leis criando as datas foram aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pela presidente Dilma Rousseff. O dia do humorista - 12 de abril - é uma referência ao aniversário do humorista cearense Chico Anysio, falecido em 2012. Na justificativa para apresentar o projeto, o autor da proposta, o deputado José Airton Cirilo (PT-CE) disse: "Esse projeto visa a homenagear todos aqueles que fazem sorrir e, também, os benefícios à saúde alcançados por meio da risada. O riso é uma demonstração de bem estar que aproxima as pessoas e traz alegria e saúde. Rir relaxa as tensões e gera simpatia que contagia e ajuda a viver melhor. Não são poucos os brasileiros, principalmente os nordestinos, que fazem do humor sua profissão, transformando suas dificuldades, suas tristezas e sofrimentos em pretexto para fazer sorrir". Gente Ri ainda é o melhor remédio...Então vamos sorrir!!!
FICAMOS AUSENTES POR ALGUNS DIAS E ESTAREMOS REPONDO OS ACONTECIMENTOS DO CRL INVICTUS 2016


ABRIL ESTÁ SENDO UM MÊS MUITO ESPECIAL, CONTINUAMOS A VIVER PÁSCOA, ABRIMOS  O MÊS COM O ANIVERSÁRIO DA PRINCESA THYFANNY , COM O PROJETO GERAÇÃO SAÚDE, COM UM LINDO E SABOROSO LANCHE NATURAL, NA QUINTA-FEIRA 18 CRIANÇAS PARTICIPARAM DE UMA PESQUISA PELA WILDWORKS NO DESENVOLVIMENTO DE JOGOS PARA CRIANÇA E O MÊS PROMETE MUITO MAIS. NA SEXTA-FEIRA TIVEMOS A III OLIMPIADAS DE TABUADA. FOI SIMPLEMENTE UM MOMENTO RICO DE INTERAÇÃO, DESCONTRAÇÃO E CONHECIMENTO. 
ACOMPANHE NOSSO BLOG.
18 DE MARÇO FOI MUITO ESPECIAL!

ANIVERSÁRIO DO YURI LIMA

O tema foi escolha da criança que ama e vibra com os Minions, tudo lindo, perfeito!

Parabéns ao Yuri e sua linda família que é sempre presente.

terça-feira, 5 de abril de 2016

ABRIL MÊS PARA TRABALHAR A CONSCIÊNCIA SOBRE O AUTISMO



Dia Mundial da Conscientização do Autismo, ou simplesmente Dia Mundial do Autismo, é comemorado dia 2 de Abril.
A data serve para ajudar a conscientizar a população mundial sobre o Autismo, um transtorno no desenvolvimento do cérebro que afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.

Origem do Dia Mundial do Autismo

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 18 de Dezembro de 2007, com o intuito de alertar as sociedades e governantes sobre esta doença, ajudando a derrubar preconceitos e esclarecer a todos.

Dia do Autismo no Brasil

No Brasil, o Dia Mundial do Autismo é celebrado com palestras e eventos públicos que acontecem por várias cidades brasileiras. O objetivo é o mesmo em todo o lugar, ajudar a conscientizar e informar as pessoas sobre o que é o Autismo e como lidar com a doença.
Nesta data, vários pontos turísticos do país são iluminados de azul, cor que simboliza o Autismo.

O que é o Autismo?

O Autismo pertence a um grupo de doenças do desenvolvimento cerebral, conhecido por "Transtornos de Espectro Autista" - TEA.
Os sintomas do autismo são: fobias, agressividade, dificuldades de aprendizagem, dificuldades de relacionamento, por exemplo. No entanto, vale ressaltar que o autismo é único para cada pessoa. Existem vários níveis diferentes de autismo, até mesmo pessoas que apresentam o transtorno, mas sem nenhum tipo de atraso mental.
MAIS INFORMAÇÕES:
Abril é o mês da conscientização sobre o autismo, condição especificamente humana que afeta a percepção social e comunicação dos pacientes. Infelizmente, os sintomas muitas vezes são confundidos com birra, desinteresse ou falta de educação pela população leiga.
Não vejo isso como preconceito contra o autista, mas falta de conhecimento. Um dos benefícios da conscientização é justamente a quebra do estigma. O mês começa com diversas novidades sobre o assunto, inclusive dados recentes sobre a frequência de autismo na população.
Dados divulgados pelos CDC (sigla em inglês para Centros de Prevenção e Controle de Doenças) na semana passada trazem novos números sobre a prevalência de pessoas afetadas nos EUA. Um dos pontos fortes do cálculo dos CDC é que os números são baseados em métodos estatísticos idênticos, usados por mais de uma década. Os números atualizados são frutos da coleta de dados anteriores, focando em crianças com 8 anos de idade, em 11 locais diferentes. Os dados revelam a prevalência de 1 em cada 68 crianças no ano de 2010 (com base em crianças que nasceram em 2002). Dados anteriores, com crianças nascidas em 2000, geravam uma frequência de 1 a cada 88 crianças. Existe uma variação considerável entre os 11 pontos estudados: de 1 para 45 no estado de Nova Jersey até 1 para 175 no Alabama. Semelhante às estimativas anteriores, a frequência de autismo em meninos continua 5 vezes maior do que em meninas.
A prevalência de autismo tem crescido de forma alarmante: aumentou em 125% desde 2002, 29% entre 2008 e 2010. Quanto desse crescimento significa mais diagnósticos ou mais indivíduos afetados realmente é difícil de saber. Por isso mesmo, é importante ampliar os estudos para que se tenha uma visão mais precisa do tamanho do problema, além de insights sobre possíveis causas desse crescimento acelerado. Vale lembrar que um estudo feito no ano passado na Coreia do Sul usando métodos estatísticos semelhantes, mas abrangendo um população maior (com crianças de 7 a 12 anos de idade) revelou uma prevalência de 1 a cada 38 crianças. Esse número se aproxima do observado em Nova Jersey (1 para 45), um estado onde a conscientização e o diagnóstico do autismo são considerados excelentes. Seria razoável imaginar então que essa seria a frequência real de crianças autistas? Ou será que existem fatores ambientais em determinadas regiões que favorecem o autismo?
Independente do motivo desse crescimento, é certo que iremos precisar de mais serviços para atender essa população que irá crescer e resultar em adultos autistas. Aliás, o custo de vida de um indivíduo autista foi estimado em 2006 por um grupo de Harvard em U$3,2 milhões de dólares (Ganz, APAM 2007).  Uma nova análise econômica foi feita recentemente levando-se em consideração custos educacionais e outros custos indiretos, que haviam ficado de fora na estimativa de Harvard. Os novos dados projetam um aumento de aproximadamente U$17 mil dólares por ano. Apenas 18% desse custo é relacionado com saúde. Metade é atribuída a custos educacionais. Assumindo 673 mil crianças com idades entre 3 a 7 anos diagnosticadas com autismo nos EUA, o gasto total do Estado americano com autismo é de cerca de U$11,5 bilhões por ano (Lavelle e colegas, Pediatrics 2014). Claro que os novos números do CDC irão inchar esse custo, um problema significativo para os americanos. Reconhecer o tamanho e abrangência do autismo é o primeiro passo. Investir em como solucioná-lo é o próximo.
Infelizmente, hoje em dia, com a crise nos EUA, meros US$ 100 milhões são destinados à pesquisa sobre o autismo pelo NIH - a maior agência de fomento para a ciência americana. Uma fração relativamente pequena se comparada com a verba alocada para pesquisa em câncer ou doenças neurodegenerativas. A boa notícia é que esse financiamento modesto tem dado retorno, principalmente vindo dos Centros de Excelência criados para o estudo do autismo em diversos estados americanos.
Estudo publicado na semana passada no famoso periódico cientifico “New England Journal of Medicine” (Stoner e colegas 2014) revelou alterações físicas na arquitetura cortical do cérebro de crianças autistas. O córtex frontal é uma das regiões responsáveis pelo comportamento social humano e comunicação. Diversos trabalhos anteriores já haviam correlacionado o córtex ao autismo. Essa região do cérebro é composta por seis camadas laminares, formadas durante a gestação, que ficam compactadas na caixa craniana. Células progenitoras neurais migram durante o desenvolvimento e se sobrepõem, uma a uma, conectando-se entre si e com diversas outras regiões do cérebro. O estudo, realizado pelo Centro de Excelência de Estudos do Autismo em San Diego, na Califórnia, em colaboração com o instituto filantrópico Allen, aponta defeitos nessa organização cortical em tecidos post-mortem de autistas. O córtex humano, quando esticado, tem a área equivalente a uma quadra de basquete. O fato de conseguirem detectar defeitos olhando para pedaços do tamanho de uma bolinha de gude é fenomenal.
As anomalias anatômicas são sutis e variáveis, mas presentes em 10 dos 11 cérebros analisados, todos doados para ciência pelas famílias de autistas. Apenas um dos controles apresentou defeitos semelhantes (1 em 11 analisados). Como essas camadas são formadas ainda no útero, abre-se a perspectiva de um diagnóstico pré-natal. Só não temos ainda métodos de imagem sensíveis o suficiente para detectar alterações desse porte. Além disso, os dados se somam a evidências de que o autismo começaria durante o pré-natal, mesmo os sintomas sendo detectados mais tardiamente. Obviamente, o estudo é apenas exploratório, pois o número de cérebros analisados é pequeno (um problema que pode ser melhorado com programas de conscientização cientifica e doação de órgãos para pesquisa). De qualquer forma, acho o estudo interessante, pois esses defeitos podem ter sido causados por mutações genéticas somáticas que se acumulam no cérebro durante o desenvolvimento. É o caso da atividade de retrotransposição, um fenômeno genético, mas que pode ser induzido pelo ambiente, alterando a atividade neuronal (Muotri e colegas, Nature 2010).
É verdade que o autismo ainda é um mistério. Não sabemos quando ele surge, quais as características cerebrais, ou mesmo se é uma ou são várias síndromes agrupadas por diagnósticos clínicos meramente comportamentais. Sabemos do forte componente genético do autismo. Mais de 30% dos afetados têm mutações genéticas espontâneas, a maioria não causa autismo necessariamente, mas aumenta as chances do indivíduo. Sabemos também que essa genética não é determinista. Diversos trabalhos científicos mostram que o autismo pode ser tratado ou mesmo reversível. A parte ambiental ainda é pouquíssimo estudada. Não sabemos como reagentes químicos presentes no nosso dia-a-dia interagem de forma epigenética em nosso genoma, por exemplo. Apesar de existirem tratamentos comportamentais que atuam nos sintomas do autismo, tratamentos médicos ainda são um tiro no escuro.
Acredito na individualidade do autista e numa futura medicina personalizada. Enquanto isso não se torna realidade, crianças e adultos autistas precisam de melhores serviços. A melhor forma de conseguir serviços mais eficientes é justamente através da ciência. Conforme entendemos o que acontece com o cérebro em desenvolvimento, que deixa uma criança sem comunicação, ou incapaz de interagir socialmente, estaremos melhor preparados com diagnósticos mais precoces e melhores intervenções. Conforme identificamos os diversos tipos de autismo, causados pela genética, pelo ambiente ou pelos dois, podemos esperar melhores ferramentas de prevenção e tratamento. Conforme entendemos a evolução do autismo no adulto, podemos oferecer melhor cuidado e independência.
O mês da consciência autista nos lembra o quanto é importante investir em pesquisa, principalmente em países como o Brasil, evitando o distanciamento tecnológico e moral de nossa ciência. A pressão popular por mais investimentos num tradicional governo tragicômico como o nosso é a melhor ferramenta para mudarmos essa situação.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/blog/espiral/post/consciencia-autista.html